quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Não sou alegre nem sou triste ...

e muito menos poeta! (poetisa, no caso)

(Comediante, talvez???)

Ontem, enquanto duas amigas e eu estávamos no corredor do UniCeub, um professor passou e disse: "Oi, meninas". E eu disse: "Oi, menino". Aí uma das minhas amigas falou: "Marcella, você devia ser comediante". Talvez também por outra coisa que eu disse no dia anterior. E eu: "Eu não daria certo como comediante. Sou comediante do momento". Sou daqueles que não planejam piadas. Somente dizem coisas engraçadas quando surge a oportunidade. Provavelmente, se fosse ensaiado, não seria engraçado.
No sábado, depois de outro comentário "engraçadinho" meu, outra amiga, enquanto íamos ao banheiro disse algo como: "O que vem na cabeça, a Marcella fala". Retruquei:"Nem sempre. Você não tem idéia das coisas que eu penso e não falo".
Há uns anos, eu era muito mais "bocuda". Falava sem pensar, e acabava ferindo os outros, mesmo sem querer. Falava sem ter consciência do que estava dizendo, sem pensar em como aquilo iria atingir outra pessoa. Eu sei que às vezes, essas brincadeiras podem parecer maldosas, mas eu não as faço com essa intenção. Em alguns momentos, logo após a "piadinha", já falo " é brincadeira". Nem toda brincadeira tem um fundo de verdade.
Acho que o momento em que resolvi ter mais controle sobre esse "humor" foi quando uma amiga minha disse: "A Marcella prefere perder o amigo do que perder a piada". Naquele tempo, ela tinha razão. Fiquei um tempo pensando nisso, e percebi que perder um amigo (mesmo que a piada seja ótima), não vale a pena por uma piada.
Mas eu também não estava, e não estou disposta a guardar as piadas só pra mim. Acredito que depois de um tempo, as pessoas percebem que não faço por mal. Não é uma crítica nem uma ofensa. É só uma piada. Nem sempre ela reflete o que eu penso sobre aquela pessoa. Nem sempre tem um fundo de verdade. Não faço pra ferir ninguém. Faço pra rir, pra fazer os outros rirem.
Afinal, o que seria da vida sem humor? Que graça ela teria se não déssemos risadas algumas vezes? Que mal há em rir até ficar vermelho e chorar? Em rir sem parar por uns muitos segundos? Afinal, o que seria de nós, se não nos permitíssemos gargalhar até das coisas mais banais?