quinta-feira, 18 de junho de 2009

Poderemos exigir qualidade?

O Superior Tribunal Federal (STF) decidiu ontem (17) que qualquer um pode trabalhar como jornalista. Por 8 votos a 1, o Plenário do STF determinou que o diploma de jornalismo não é mais obrigatório para quem quer exercer a profissão.
Mesmo depois de quatro anos na faculdade, e talvez outros mais de experiência, nós jornalistas ainda cometemos erros. Nesta terça-feira (16), assisti a um trecho do “Observatório da Imprensa”, que passa na TV Brasil. O assunto era a cobertura do acidente com o Air France e de outros acidentes aéreos, como o boing da Gol e o Airbus da TAM. Um professor de aviação disse que, se os jornalistas conhecessem mais sobre o assunto, outras perguntas estariam sendo feitas. Ou seja, uma cobertura mais adequada do caso seria feita.
Talvez, essa decisão do STF não impeça os que querem ser jornalistas de fazerem o curso. Mas me passa a impressão de que a imprensa, que deveria funcionar como um quarto poder, é cada vez menos valorizada por aqueles que também deveriam cuidar dos interesses de todos.
Às vezes, jornalistas são acusados de distorcer falas, manipular fotos, frases, inventar histórias ... E com certeza, um profissional sem formação fará melhor...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A favor do artigo

Tenho um professor que adora cortar os artigos dos textos. Corta “um (a)”, “o (a)”, enfim... todos os que puder e quiser. Posso até concordar que alguns são desnecessários, e precisamos deixar o texto “enxuto”, mas pra mim, fica muito robótico. É como se fosse escrito por e para um robô. Hello?? Estamos falando com gente e de gente.
Há umas duas semanas, na aula de rádio, a professora concordou que o texto precisa dos artigos. Pelo menos o de rádio. Lógico, ele vai ser lido e precisa parecer uma conversa com o ouvinte, e não um manual de instruções.
E tem outra coisa: qual é a do “para” ao invés de “pra”? Fala sério! Ninguém fala assim. Pode até falar, mas deve ser uma pessoa chaaata!
Eu entendo que tem que ter regras e tal. Afinal, não podemos sair escrevendo de qualquer jeito. Mas parece que, cada vez mais, a forma exageradamente formal com que escrevemos nos afasta dos nossos leitores.