terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cada cabeça uma sentença


Ontem, li uma matéria sobre virgindade entre jovens de 20 anos. O texto falava de como esses jovens sofrem com as piadinhas dos amigos. É engraçado como as coisas mudam. Até uns 50 anos atrás - creio - jovens que não bebiam, não fumavam e mantinham-se virgens eram mais respeitados.

O ser humano está se tornando cada vez mais precoce. As crianças quase não brincam mais, pelo menos não como eu acho que uma criança deve brincar. Quando eu tinha uns 8 anos, brincava de tudo quanto é jogo: pique-esconde, queimada, essas brincadeiras de rua. E de vez em quando tinha um videogame, mas ainda assim, mesmo com dois controles, a gente ia se revezando e dava pra brincar muita gente. E éramos um grupo bem grande. Bom, talvez porque eu tenha passado minha infância num condomínio fechado. Acho que a maioria de nós era muito inocente, mas é claro, tinham as exceções. Precisaria de um post pra dizer como foi a minha infância. Talvez depois.

Pensando bem sobre o assunto, acho que o que ficou velho não foram os conceitos de virgindade ou do que é legal. O que ficou velho sim, foi saber respeitar a individualidade de cada um. Sempre tem alguém que diz: "As coisas mudam". Tá certo, mudanças sempre ocorrem. Mas por que, e como, nesse período que compreende o nascimento dos nossos pais e a nossa geração, as coisas ficaram assim?

Quando falo em precocidade, não me refiro só às crianças, falo do ser humano. A única coisa boa que vejo com essa mudança foi que o sexo deixou de ser tabu. Fala-se mais abertamente sobre o assunto do que há uns anos atrás, e isso, com certeza, é positivo. Mas talvez, sem querer ser clichê, mas já sendo, o sexo foi banalizado. Tá bem, sexo é algo natural da vida, afinal, foi assim que fomos feitos, mas acho que ele deixou de ser íntimo - para algumas pessoas.

Hoje em dia, atitudes como não beber e ser virgem são tidas como fora de moda. É não seguir os padrões, é não ser igual. E VIVA A DIFERENÇA!!! Como o mundo seria chato se fôssemos iguais! Nos consideramos tão civilizados, mas alguns de nós não conseguem simplesmente respeitar a opinião do outro.

Apesar dos novos conceitos, o que tem de prevalecer é o respeito. Muitas vezes, não se trata de religião ou proibição dos pais, é uma questão de escolha. Temos mais liberdade do que nossos pais tiveram, com certeza. Agora o que importa mesmo, é o que fazemos com essa liberdade.